quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Se te amar for um erro...



Eu que cansei de falsos sorrisos dos amores incoerentes
agora me apego às gargalhadas das paixões que queimam!


É a solidão que me observa furtiva
sorriso mágico em esfumato renascentista  
olhar cruel feito carrasco medieval

eu enforcado em suas coxas
eu em sua guilhotina lingua Lâmina

 
como se fosse doce estar só com o seu cheiro ainda em meus lençóis
como se fosse fácil ouvir a música que te emocionou


sob a luz da vela eu vi suas curvas dançando em sombras
ela sorria entre orgasmos
um mito em minha cama
deusa grega entre aposentos humanos...


era a posse do impossível
era o pouso da ave invisível no mar das paixões turbulentas
era a verdade do desejo na paixão mentirosa e descarada
era o delírio de amar o que o real não permitiu
era o erro mais doce entre as amargas experiências viviadas! 


Ed França 
2009



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sábado, 21 de novembro de 2009

Exposição Coletiva Bentevi



Coletiva Bentevi

Período da mostra:

22 de novembro até 22 de dezembro de 2009.

o que é:

exposição de arte contemporânea.

Coletiva que participo como único representante de BH, com artistas de muitos lugares do Brasi.
Mostro pintura da série Marrons.

Local:

Estúdio EPPA
Travessa Prudente de Morais, 59 – Rio Vermelho
bairro do Rio Vermelho em Salvador (BA).


como chegar?



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se estiver em Salvador passe por lá!
estão todos convidados!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

licantropos em rascunhos num sebo entre bom papo e HQs...acostuma não, hein!


Comprar HQs usadas, antigas, visitar sebos atrás de bons livros é quase que obrigação cada vez que ando pelo feio centro de BH. Numa loja na rua da Bahia, sempre compro quadrinhos quase impossíveis de serem achados, lá sempre econtro uma pérola...
Detalhe para o tratamento educadíssimo que o meu amigo Anderson , dono da loja, sempre dá aos clientes em geral, bom papo, risadas e cara sempre informado...a surpresa veio quando ele pediu pra eu dexiar um esboço qualquer feito à lápis!...saiu uns lobisomens favelados meia boca demais...naqueles 3 minutos de "sem graça" que a gente fica quando pedem e rapidamente fazemos um esboço vergonhoso...
Prometo que te dou um desenho melhor depois, meu bom!!!




A loja do Anderso fica na rua da Bahia, 593, centro, BH. pode ir que vai ser bem atendido e sempre tem quadrinhos bacanas!!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

angústia

Só existe a Angústia.
o resto é tudo mentira!
a Felicidade é ilusória, temporária e relativa.
Só existe o ir...
apenas ir....
só tem a estrada e você!
se vierem com o papo de que é "feliz" o tempo todo, eu ignoro!
quem fala isso está impregnado de Medo.
não há um lugar para chegar...
só há o caminho....
..a estrada....
e voce!
e todo o resto é Angústia.
E saber disso é "ser e estar" no Caminho.
Sem medo.
é so ir...não há onde chegar!
o resto , são subterfúgios inventados pela auto-defesa da mente estagnada e acomodada!! uma desculpa pífia por ter Medo....
E o medo é a ruína do Homem.
e a angústia é o "melhorar mais", "evoluir mais"... "experimentar mais"...

enfim, é o "se mover"...
e, "Não se mover", é estar coberto de Medo.

...e parar na estrada é aceitar um tipo de "morte" estando ainda vivo, negando o seu "porvir"!
A vida é movimento, mudança e transformação, constante!
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Ed França

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nordeste

2 cidades confirmadas:
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Período da mostra: 22/11 à 22/12 de 2009.

também estou armando uma intervenção urbana em alguns muros e ruas de lá...nos mesmos dias da mostra, só que surpresa....

to conversando com pessoas para tentar levar trabalhos meus pra Recife no mesmo período .vamo ver se consigo....

a mesma mostra vai pra SP em fevereiro (segundo os organizadores). ....não tenho as datas ainda..

depois tem individual minha no Rio, Brasília e to armando com amigos no Sul pra levarem meu trampo pra lá.
nada confirmado ainda...

mas to com o pé la já...
..
vamo ver no que vai dar....amigos da bahia, me apresentem rockeiras gatas bahianinhas, pleaseeee!!! ...rs


L i b é l u l a






achei perdido nos meus escombros em caixas, embrulhos e coisas amontoadas. tem outros que até fiquei feliz em re-descobrir, só arrumar uma casa pra atelier que tudo volta para as molduras...quem sabe rola de expor, hein?
da série Marrons, de 2004 um dos últimos da série...acrílica sobre tela.
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eu ja tava precisando mesmo voltar a detonar nas exposições e mostras.

vou expor no Nordeste com artistas do Brasil e Espanha mês que vem.
 

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

(...)seu passado inteiro é como um sono longo que seria esquecido não fosse o sonho. E também o sonho talvez fosse esquecido não houvesse memória, mas a lembrança fica no sangue e o sangue é como um oceano em que tudo é lavado, menos aquilo que é novo e mais substancial que a própria vida: Realidade".

Henry Miller

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O nunca feito sobre o dito





O nunca feito sobre o dito


Não foram as horas faladas

Muito menos as coisas não ditas


O que não preencheu esse espaço, então?

Somente nó na garganta estanca o nunca feito sobre o dito.

Quando as palavras não cabem em mais nada nascem lágrimas.

E lágrimas também são silêncios materializados.

Rios de solidão represados no nada.

Desaguam no vazio como oferendas para o mar de insensatez.

Quando as palavras não cabem em mais nada

Segredos são encerrados no silêncio.

E falar o que depois do impensado?

Amores aprisionados na imaturidade

Desejos sequestrados em nome do nosso egoísmo.

Jusificados desvairadamente em noites furtivas

Amor se calou como um refém maltratado, sem forças, sem resgate algum a receber.

Em silêncio definhou por não saber que Ter não é Bem querer.

Assim se explica a fuga dos segredos no sussurro.

Por essa fresta, silêncio virou alívio.

Calados em fuga.

O som mais suave é o silêncio.

Nos perdemos por acreditarmos mais

no ruído de nossas ilusões que no silêncio das verdades.



Ed França



. no texto: poesia de Ed França, julho de 2009.

. no som: a beautiful lie_30 Seconds to Mars.

domingo, 7 de junho de 2009

um milésimo de agora




Um milésimo de agora


Dor nas têmporas

Tempos de dor
Ahh....temporalidade!!!
Somos apenas intervalos
Mement Mori

atuando em câmera lenta, em tempo real
na vida não existe ilha de edição
do que acontece tudo se registra em nós

feito chaga, cicatriz, culpa, manchas na alma
feito cura, alívio, leveza, tatuagem na carne
feito verbo, oração, música que voce mais gosta

loop infinito da trilha sonora pra quebrar o kharma
nosso curta metragem que dura quase nada

idéias borbulhando feito desejos
nascem e morrem como estrelas
sonhos -só se for de Absinto
delírio - só se for adocidado
foto - jamais em séia ou pb..em jpeg não envelhecerá...
sexo - desde que voce esteja offline pra todos...

com o tempo adormece o monstro interior
e nesse tempo que voce ler a dor ja passou...
Há tempos que não te vejo
só me vejo envelhecer
e já é bom começo pra passar o tempo
não salvar essas lembranças em backup rejuvenesce
encurtando o espaço de tempo
entre o agora e o melhor a se experimentar
e se for pra acabar agora que seja em gozo infinto
melhor que eternizar a dor do que não pode mais voltar.


Ed França

.........

no texto: poema de Ed França (2009).
na imagem: detalhe de trabalho do caderno de colagens de Ed França.
no som: Depeche Mode_wrong.


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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

deserto silêncio, oceano barulho.





"que o silêncio do deserto invada o barulho interior do oceano que te afoga!"


(Ed França)


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. na imagem: plastic fake girl desolada em asfalto qualquer. clicado por meu celular tosco.
. no texto: um micro texto também abservando angústia. autoria? Ed França.
. no som: message in a bottle_(do The Police), mas aqui a versão é do Machine Head. e tenho dito!
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

desenho... meio dos anos 90






Estou entre o cowboy e o que perdia...




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. na imagem: trabalho de 1995, clicada em 2005 por cel tosco.técnica mista sobre papel. Ed França.
. no som: The Cult_sacred life. . . .

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Uma balada para Lúcifer



Uma balada para Lúcifer



Saboreando viagens distantes

Plana, goza e se refaz na luxúria de pequenas constelações.

Derrete na cauda de cometas pela imensidão do espaço

lambendo seus rabos ate que evanescessem de prazer em atmosferas infantis

Cavalga nos quadris das deusas estelares por entre vórtices e sedutoras tempestades solares


Apaixonado pelo sexo dos Quasares adolescentes

queima em orgasmos multidimensionais.


Gritos de prazer em vórtices imorais

Uivos de amor suprimidos pelo vácuo

Uma galáxia inteira inundada só de gemidos delicados.


Era a Luz amando o cosmo incestuosamente.


Eons após amar cada corpo celeste de incontáveis Galáxias

caiu no abismo como um astro traído.

Sugado sem forças por um buraco negro sem explicação

feito armadilha em seios de uma adolescente perversa.


Sangrando delírios em ventos estelares

Padecendo em morte rasgando atmosferas

Flamejando lamentações preso à gravidade do que não pode ser

em derradeira descida como se manchasse os lençóis de um sagrado amor.



Astro rei que me ilumina

que faz brilhar a vida em gozo

porque ignora seu filho mais zeloso?

Eu que sou candelabro de tua voz em caverna escura habitada por surdos, porque não respondes?

Solicita pela última o primeiro arcanjo, o mais belo, o mais amado, o mais devotado.



O silêncio é faca que golpeia asas, que emudece a alma, que apaga a luz...Que congela a dor e se materializa num bloco de gelo chamado Desprezo.


Agradeçe a dimensão do tempo miserável e limitado

Ironizando em sacrilégios orações e lamentos...E desfalece.

Cai encolhido como um meteorito implacável

em direção ao oceano das verdades do agora

Vertendo labaredas de lágrimas divinas em copioso lamento.

amargando em desolação como uma maldição ejaculada dos céus.


Sem receio de me espatifar no detestável tempo espaço

aceito esse abismo de mentiras na espessa geografia da matéria!

Balbuciou com olhos cerrados o arcanjo mais amado.



Denso como um bloco de pedra lunar

Silenciou no fundo do mar

Sem pensar nas lágrimas de fogo

que precederam sua queda.



Prisão dimensional

Feito casamento arranjado

Melancolia imemorial

Feito gravidade terrestre

Já nem emana mais a consciência espacial

nem a luz sagrada em profundidade que outrora fora a chama do meu amor.


Habita em mim o esquecimento temporário

que a infinitude me condenou!

Reflete apoiando a fronte o arcanjo mais amado.


Em órbita dessa condenação

num ciclo repetitivo e temporal

que encerra o caos dentro do que já foi ordem.


Aquieta e aceita a queda

mastigando sua imensurável solidão interior

sofre assim absorto em dor

o arcanjo portador da luz.. o filho mais amado.



Nessa carcaça de planeta morto

a leveza da minha sabedoria

que descansava na inocência de galáxias distantes

agora são reminiscências de prazeres perdidos!

São tão tímidas essas lembranças

que evaporam-se sem deixar vestígios!

Escreveu em sua pele o arcanjo mais amado.


Remoendo a saudade da Estrela Maior e Princípio do Todo

que um dia o amou infinitamente e hoje não ouve mais

nem o eco das suas lamentações

muito menos seus questionamentos.


Conta luas e estrelas

observando seres, naturezas e criações imperfeitas

Finda os tempos impiedosos

abraçando feito falsa esposa o arcanjo que outrora fora o mais amado.


Aquecido apenas da presença de seus irmãos

planetas rebeldes num universo seco

como os lábios de quem já não ama há tempos.

Triste como um velho sol que se cala sem calor ou luz

obrigado a ouvir o voz fria da escuridão

lamenta angustiado o mais belo no útero da terra.


Numa balada para o anjo Luz


Derrama em lágrimas então os céus

numa chuva de meteoritos de sangue

Só se ouve um choro baixo das ondas e o tremor das terras inférteis

que oferecem adágios doloridos e singelas melodias

sob o brilho das estrelas impassíveis e covardes.



Como se fosse possível compreender a dor dos amantes separados...

Como a língua da vaidade em fel se subordinando à estéril companhia de quem não se ama.

Como se o fim negasse o princípio.

Como se o pai não amasse o filho.

Como se a lua não cedesse aos encantos do sol.

Com se a ordem suportasse o Caos.

Como se fosse possível impedir a beleza do mais belo.

Ou apagar a luz de quem carrega a tocha desde o princípio com uma história maldosa.

Como obliterar o Amor de quem copulava com o Infinito desde quando nada havia sido criado.


Ed França (janeiro, 2009)



. no texto: poesia de Ed França, Janeiro de 2009. da série Anjos Poemas.

. na imagem : trabalho de Ed França, técnica mista sobre papel e colagem. 2001.

. no som: saints are down_The Cult.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Contra tempo



Sou um dinossauro...

meu tempo é outro...
e mesmo com toda tristeza me dizem que sou novo demais pra morrer...perda de tempo!
Meu tempo independe das suas maldades, traições, ganância ou medo...
Talvez o problema seja que as pessoas tem medo do tempo...
Há tempos não sinto medo do tempo...
Tenho mais medo é dessas pessoas presas no espaço tempo...

O tempo é uma ilusão...
Uma convenção humana superficial e limitada, fugaz como as inúteis paixões humanas...

Rápido ou lentamente, corro para concretizar meus sonhos...

Meu espírito é indestrutível...Além do tempo!

Minha alma é forte e meu coração é puro...como no tempo de infância!
Meu corpo é mais limpo do que sua cegueira pode vislumbrar...Perda de tempo me corromper!

O resto é literatura...poesia..e mito!
Como um relógio antigo desenhado num caderno perdido no tempo....

Sejamos mais sábios e felizes em nossa rápida passagem pelo planeta...
E se lembrar de mim por algum tempo, que nos encontremos para perder tempo falando de coisas boas, sorrisos demorados, aventuras passadas e desejos distantes que estariam por vir....
E se aparecer, fique o tempo que quiser...
Agora, deixa eu dar um tempo....

Ed França (2009)

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domingo, 4 de janeiro de 2009

pra toda dor teve cura, menos pra alma



pra toda dor teve cura, menos pra alma
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voaram pra longe todos os tempos,
todas as dores,
todos...
pra onde foi toda energia?
pra onde foi toda as vontade?
pra onde foi todo meu esforço?
e meu sorriso?
as minhas lágrimas?
os meus ensejos?
e voce?
estaria também assim tão sem nada?
eu penso em seus lábios enquanto deslizo nesse mergulho
é tão sozinho quanto os dias que ninguém me viu calar
essas nuvens de inconstâncias me afagam sem que eu peça nem mereça...
ja não atinjo as alturas
nem o vento me recebe mais
me nega os céus meu ímpeto
que outrora te envolveu
o horizonte se perdendo como suas lembranças...
se eu gritasse voce não escutaria
se eu implorasse voce duvidaria
se eu amasse voce trairia
se eu chorasse voce silenciaria
se eu mimasse voce gemeria
mas se eu te deixasse voce não esqueceria
E se eu tivesse a sorte de não ter perdido
barganharia com a morte minhas preciosas asas e virtudes vazias
pelo teu cheiro,
teu gosto
e meus últimos instantes
solitário como agora mas em sua companhia.
Ed França, 2009.
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na imagem: uma dessas visões que fez a tarde cinzenta e chuvosa de BH ficar ainda mais melancólica, ja não bastasse os moradores de rua
...e ninguém pra velar esse pássaro em cima do lixo...Como minha auto-estima poderia lamentar, bem ao certo!
Nó na garganta até da lente do meu celular tosco que registrou o fato...
. no som: Anathema_angels walk among us.
. no texto: poesia de Ed França, 2009.
. nos dias: precisa comentar? que ao menos voce que lê tenha um feliz 2009, pois os anjos caídos, meu caro...sem comnetários!....
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