sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

meu amor terrorista


meu amor terrorista
subverte sentimentos...
e explode apenas meu próprio coração de lamento
por não ter armas para lutar frente ao que governa seu coração!
em retalhação destruímos as formas pensamentos instituídas pelos que escravizam nossos sentimentos, com beijos, encontros e proibidos momentos íntimos......
sei que és dissidente dessa instituição que te prende apenas externamente à outro ser
mas conspiramos secretamente quando nossos corpos brindam nossas verdades
em atentados contra a ordem vigente em horas e horas de amor e entrega...
só nós 2 governamos nossas próprias almas....
e a nós 2 nos entregamos
e sabemos que aquele ato só é condenado
pelos que cegamente não respeitam seus espíritos livres...
mulher de olhar do deserto....

sejamos eu e voce miragem
frente aos tolos e suas instituições decadentes
que aprisionam seus desejos e vontades da alma....

Se um Deus existe realmente, ele está no intervalo de tempo que separa nossos corpos,
quando comungamos com o universo nossa liberdade e livre escolha de estarmos unidos
porque queremos e somos UM com o TODO que tudo é....
Brindemos a explosão desse orgasmo enquanto as pessoas definham em seus medos la fora...mulher com olhos do deserto...
minha fuga,
minha saída,
meu refúgio,


seu corpo é minha terra santa
sua alma é meu paraíso
seu desejo é o meu deserto
sua insurreição...minha liberdade

meu amor terrorista!



Ed França


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. no texto: poema de Ed França, 2008.
. na imagem: banco de imagens da internet, de algum blog...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

pra eu e voce...


pro café bem feito...

pra chuva que não parou...

pro calor da cama...
pra eu e vc...
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. no som: som da chuva mesmo...
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

desilusão



com lágrimas de sangue
derramarei a água dos sentimentos puros
que já não sei mais encontrar.

brindando sua dor
minha pétala de sangue.
meu silêncio mais voraz.
meu cálice de desejos tardios.


Ed França, 2008.




. nos dias: falta do que não me pertence.
. no texto: poema desilusão, de Ed França, 2008.
. no som: the Cure_going nowhere


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Rompante

Rompante

Meu bem, hoje preciso fechar meu quarto
Guardar a chave dos desejos ostentosos
Eu preciso dizer da flor insuficiente
Que almeja selar minha boca com um só beijo

A chuva na rua diz para deixar as esquinas passadas
Lavar a calçada com água limpa de uma moral pura
E perder minhas aventuras na memória

Eu enrodilho como vento no vira-mudo afora
Arrastando minha face maquiada
Que sem olhos segue a multidão em fúria
Gritando junto pelas vicitudes que eu não tinha

Meu bem, quando soltaram minhas mãos
Eu ainda não sabia usar as pernas
Andando, achei o mundo pequeno
Passei sob o lodo que a água parada deixa
Sem uma janela pro vento bater
Sem ter uma pedra para quebrar os muros
dos campos de concentração

Meu bem, se você fizer com esmere a lição
O mundo lhe dará em formato de caridade
O livro dos dias, dos caminhos certeiros
E você será belo ao modo moderno
Tal como o tempo, eternizado numa rocha
Sobre as graças de um amor concedido
E de uma compaixão mendigada
Sob as palmas de mãos que lhe emprestam
Uma dignidade cabível, sem grandes esforços.

poema de autoria da amiga Karine KKK.
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. nos dias : cheiro de cappuccino regado a cabelos negros e compridos e véspera de feriado. como se me pertencesse o que por lei é de outra pessoa...
. no som: HIM_in joy and sorrow.


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